
Quando a gente menos espera, a natureza surpreende. É como disse o poeta Carlos Drummond de Andrade, “a natureza não faz milagres; faz revelações”.

Tem um veleiro ao longe, bem perto da Ponte… Deve ser o Cisne Branco, só pode. Ou será uma miragem? Não, miragens não podem ser fotografadas, a questão aqui nem é essa, minha dúvida é se o veleiro é o Cisne Branco ou um outro parecido, vindo de algum país do outro lado deste Atlântico tão cheio de histórias.
A manhã está enevoada, a poluição dificulta a visão e a distância é enorme mas, palavra de quem já pilotou um veleiro nesta Baia da Guanabara, é o barco mais bonito de todas as marinhas do mundo. E o melhor, não tem canhões, encanta por suas velas, ensina a navegar e sua missão é levar a paz.
Pois é, tem um Cisne Branco bem perto da Ponte…
Hora de verão
Em plena primavera?
Começar o dia,
na maior escuridão?
Gosto não,
é muita confusão.
Pior, termina exatamente,
no auge do verão!
Foto e rimas: eu mesmo
Uma gaivota, na maciota,
contou uma anedota.
Ah, que lorota!
Gaivota não é poliglota
e nem sequer vota.
No cais, com graça,
desfila a garça,
alheia à nossa desgraça.
Foto e rima: eu mesmo
Nas aulas de geometria aprendemos que as paralelas só se encontram no infinito e tem até que prove isso com equações matemáticas. Aí, um belo dia, adulto já, dou de cara com essas retas cortadas e, pior, desalinhadas. Coitadas, essa aí nunca alcançarão o seu infinito, seja lá onde ele estiver. Ou será aí mesmo, na Avenida Niemeyer, em São Conrado, numa obra de uma ciclovia carioca?
Sei não, o mundo anda muito estranho…