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Um bar carioca, algum dia em março de 2117:
O comandante, furioso, mandou os mecânicos resolverem o problema com urgência. No horizonte, uma tempestade se aproximava. O tempo passava e, completamente à deriva, o Brasil seguia indefeso ao sabor da maré. A borrasca, de proporções descomunais, atingiu os infelizes em cheio. A tripulação, temendo um naufrágio, baixou os botes salva-vidas para, digamos assim, salvar a própria pele.
Os passageiros, tardiamente perceberam que estavam sendo abandonados, mas, sem iniciativa e liderança, entraram em pânico e alguns até mesmo se atiraram ao mar para a morte certa. Inacreditavelmente o Brasil suportava a terrível tempestade, jogado para cima e para baixo pelas ondas como uma simples folha de papel. Um operador de rádio, um dos poucos remanescentes da tripulação ainda a bordo, tentava desesperadamente enviar pedidos de socorro. Alguns foram captados, embora quase ininteligíveis. Um deles dizia mais ou menos assim: “… Brasil à deriva, fazendo água, sem comandante e oficiais, passageiros em pânico, caos total. Socorro. Latitude…”
Para encurtar o caso, o Brasil nunca mais foi visto, outro sinal jamais foi enviado, nenhum destroço sequer foi encontrado. Todos a sua população, perdão, passageiros e tripulantes desapareceram. Mais de cem anos depois, até seu sumiço foi esquecido e nem ao menos um navio fantasma ele virou. Uma tragédia, o Brasil ainda tinha um futuro pela frente.”
PS: Esta é uma obra de ficção. Qualquer semelhança como nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.
Acreditei até a linha final. É o problema que a confiança gera, hum?
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Coincidências, meu caro amigo! Um abração.
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