
Um navio fantasma nunca termina sua viagem, jamais atraca em porto algum. Ninguém sabe seu nome, sua origem ou a sua tripulação. Que carga carrega, de onde saiu, para onde vai. Contam histórias, sempre tristes, assustadoras, fantasmagóricas. Ouvem rangidos, apitos roucos e longos nas noites de nevoeiro. Alguns são reais, outros apenas imaginação, medo, superstição.
O navio fantasma continuará cortando os mares nas noites escuras, mostrando sua silhueta enferrujada no meio das tempestades para alguns poucos loucos, sonhadores e poetas. Mas atenção, incauto! De repente, na beira de uma estrada, ao lado de um estaleiro qualquer, você pode perceber seu vulto em uma foto perdida em seu celular. E daí, do nada, um calafrio toma conta do seu corpo e acredita que viu um fantasma.
Não se iluda,caro leitor ou caríssima leitora, “é muito mais difícil matar um fantasma do que matar uma realidade”, vaticinava a escritora Virgina Woolf. A história não registra nenhum afundamento de um navio fantasma…
Navios são ótimos inspiradores para quem tem essa habilidade tua de descrever coisas a partir de outras coisas. Muito bom
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Obrigado, Mariel. Na verdade, navios podem ser assustadores, ainda mais quando a gente dá de cara com um monte deles abandonados nos estaleiros fluminenses… Um abração.
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Abraços não náufragos
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