Será que somos o que vemos? Ou pior, só conseguimos enxergar o que queremos ver? Queremos ou podemos ver? Não sei. A fotógrafa americana Dorothea Lange uma vez disse que “a câmara é um instrumento que ensina a gente a ver sem câmara.” Acho que sim. O hábito faz o monge e de tanto sair por aí, procurando o que fotografar, em algum momento descobriremos alguma coisa inusitada, bela ou que nos toca simplesmente sem nenhuma explicação.
E abusando ainda mais dos ditados, aí vai outro: “os incomodados que se retirem”. Depois de uma vida quase inteira morando em Copacabana, cercado de gente e barulho de todos os tipos, para todos os lados, chegamos a conclusão que era hora de dar uma reformulada geral na vida e bancar um antigo sonho, morar na Urca.
Dito e feito. depois de muita procura, negociações e horas na calculadora, tentando fechar as contas, encontramos um apartamento tipo casa, com jardim e pertinho da murada, bem o nosso jeito. Se acertamos ou não, só o tempo dirá. De qualquer maneira, uma coisa eu já garanto: caminhar diariamente do lado do mar faz um bem danado prá cabeça.
As fotos foram feitas aqui na Urca, com a única preocupação de fugir da imagem padrão do cartão postal da Baía da Guanabara. Ainda estamos nos conhecendo, afinal nunca morei num bairro com tantas casas, verde e cercado de água por quase todos os lados. Com uma tranquilidade que simplesmente não tem preço.
Sem dúvida, foi a decisão certa. Que fotos!
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Até agora vamos indo bem. Obrigado, meu amigo.
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