Em agosto de 1961 eu tinha dez anos. O muro de Berlim acabara de ser “inaugurado”, mísseis nucleares estavam sendo instalados na Turquia, Alemanha Ocidental e Itália, submarinos armados com bombas de hidrogênio navegam pelas costas das grandes potências. A chamada “guerra fria” entrava em seu auge. Mesmo aqui no Brasil, longe de tudo, havia muita apreensão. Sabiamos que uma nova guerra seria definitiva, sem vencedores, sem sobreviventes, sem futuro.
Em 1989 o muro caiu e novos tempos se anunciaram. Infelizmente, para que não temos mesmo jeito e novos muros foram e continuam sendo erguidos, separando – em nome de segurança, ideologia, religião, cor, gênero, educação, classe social e sei lá mais o quê – os sete bilhões de humanos que povoam esse planetinha frágil e mal-tratado. Ironicamente, só conseguimos nos unir e mostrar solidariedade com nossos semelhantes quando diante de uma tragédia, natural ou não. Mas, passado o perigo, logo voltamos para a segurança de nossos muros.
Uma pena.
Triste constatar pela história que a humanidade não muda. Sempre precisando de um cercadinho.
CurtirCurtido por 1 pessoa
Pois é, Roseli… 😦
CurtirCurtir
Eu adoro mesmo são as pontes.
CurtirCurtido por 1 pessoa
Eu também. E de portas abertas. Aliás, sem as portas fica até melhor. Um abração.
CurtirCurtido por 1 pessoa